Um camponês aproximou-se de Nasrudin, e queixando-se de que seu olho doía, pediu-lhe um conselho.
No que o Mullá respondeu:
- Outro dia meu dente doía, e não me acalmei enquanto não o arranquei.
sábado, 10 de maio de 2008
O VARAL
Um vizinho bateu à porta do Nasrudin e pediu:
- Nasrudin, você me empresta seu varal? O de lá de casa quebrou.
- Um momento, disse Nasrudin - vou perguntar à minha mulher.
Momentos depois Nasrudin voltou e disse para o vizinho:
- Desculpe vizinho, mas não vou poder emprestar o varal. Minha mulher está secando farinha nele.
O vizinho, surpreso, exclamou:
- Mas Nasrudin, secando farinha no varal??!!
E Nasrudin respondeu:
É... quando não se quer emprestar o varal, até farinha se seca nele...
- Nasrudin, você me empresta seu varal? O de lá de casa quebrou.
- Um momento, disse Nasrudin - vou perguntar à minha mulher.
Momentos depois Nasrudin voltou e disse para o vizinho:
- Desculpe vizinho, mas não vou poder emprestar o varal. Minha mulher está secando farinha nele.
O vizinho, surpreso, exclamou:
- Mas Nasrudin, secando farinha no varal??!!
E Nasrudin respondeu:
É... quando não se quer emprestar o varal, até farinha se seca nele...
O DOENTE
Nasrudin, sentado na sala de espera do consultório médico, repetia em voz alta:
"Espero que eu esteja muito doente!", o que intrigava os outros pacientes.
Quando o médico apareceu, Nasrudin repetia quase gritando: "Espero que eu esteja muito doente!".
"Por que diz isso, Mullá?", perguntou o médico.
"Detestaria pensar que alguémse que se sinta tão mal como eu não tenha nada!".
"Espero que eu esteja muito doente!", o que intrigava os outros pacientes.
Quando o médico apareceu, Nasrudin repetia quase gritando: "Espero que eu esteja muito doente!".
"Por que diz isso, Mullá?", perguntou o médico.
"Detestaria pensar que alguémse que se sinta tão mal como eu não tenha nada!".
O ANÚNCIO
Nasrudin postou-se na praça do mercado e dirigiu-se à multidão:
"Ó povo deste lugar! Querem conhecimento sem dificuldade, verdade sem falsidade, realização sem esforço, progresso sem sacrifício?"
Logo juntou-se um grande número de pessoas, todas gritando em coro: "Queremos, queremos!"
"Excelente!", disse o Mullá. "Era só para saber. Podem confiar em mim.Lhes contarei tudo a respeito, caso algum dia descubra algo assim."
"Ó povo deste lugar! Querem conhecimento sem dificuldade, verdade sem falsidade, realização sem esforço, progresso sem sacrifício?"
Logo juntou-se um grande número de pessoas, todas gritando em coro: "Queremos, queremos!"
"Excelente!", disse o Mullá. "Era só para saber. Podem confiar em mim.Lhes contarei tudo a respeito, caso algum dia descubra algo assim."
SOBRE OS GURUS
Um famoso guru do povoado pretendia ser capaz de ensinar uma pessoa analfabeta a ler mediante uma técnica relâmpago. Nasrudin saiu do meio do povo.
— Pois bem, me ensine então!
O guru tocou a testa de Nasrudin e disse:
— Agora vá imediatamente para sua casa e leia um livro!
Passada meia hora, Nasrudin voltou à praça do mercado com um livro nas mãos. O guru já tinha ido embora.
— E então, você é capaz de ler agora, Mullá? — perguntaram-lhe as pessoas.
— Sim, posso ler, mas este não é o caso. Onde está aquele charlatão?
— Como pode ser um charlatão se fez com que você conseguisse ler sem nenhum aprendizado?
Este livro, que provém de autoridades indiscutíveis, diz:
“Todos os gurus são uma verdadeira fraude”.
— Pois bem, me ensine então!
O guru tocou a testa de Nasrudin e disse:
— Agora vá imediatamente para sua casa e leia um livro!
Passada meia hora, Nasrudin voltou à praça do mercado com um livro nas mãos. O guru já tinha ido embora.
— E então, você é capaz de ler agora, Mullá? — perguntaram-lhe as pessoas.
— Sim, posso ler, mas este não é o caso. Onde está aquele charlatão?
— Como pode ser um charlatão se fez com que você conseguisse ler sem nenhum aprendizado?
Este livro, que provém de autoridades indiscutíveis, diz:
“Todos os gurus são uma verdadeira fraude”.
OS MELHORES CONSELHOS
Nasrudin começou a construir uma casa. Seus amigos, que tinham cada um sua própria casa, e eram carpinteiros e pedreiros, o rodearam com conselhos. O Mullá estava radiante! Um após outro, e às vezes todos juntos, diziam-lhe, com conhecimento de causa, o que fazer e o que não fazer. Nasrudin seguia docilmente as instruções que cada um lhe dava. Quando a construção terminou, ela não se parecia em nada com uma casa.
- Que curioso! - disse Nasrudin - e contudo eu fiz exatamente aquilo que cada um de vocês me tinha dito para fazer!
- Que curioso! - disse Nasrudin - e contudo eu fiz exatamente aquilo que cada um de vocês me tinha dito para fazer!
A JUSTIÇA OU O DINHEIRO?
Certo dia, um juiz perguntou ao mestre Nasrudin:
- Mestre, se tivesse que escolher entre a justiça e o dinheiro, o que você escolheria?
- O dinheiro, é claro - respondeu Nasrudin, sem pestanejar.
- O quê?! - disse o juiz. Pois eu escolheria a justiça sem pensar duas vezes!!A justiça não é fácil de ser encontrada. Quanto ao dinheiro, este não é tão raro assim. Podemos encontrá-lo por aí sem grandes dificuldades. Estou sinceramente espantado com a sua opção, mestre Nasrudin. Não o julgava capaz de tamanha ambição, sendo um mestre!
- Meritíssimo, cada um deseja aquilo que mais lhe falta! - respondeu tranqüilamente o mestre Nasrudin.
- Mestre, se tivesse que escolher entre a justiça e o dinheiro, o que você escolheria?
- O dinheiro, é claro - respondeu Nasrudin, sem pestanejar.
- O quê?! - disse o juiz. Pois eu escolheria a justiça sem pensar duas vezes!!A justiça não é fácil de ser encontrada. Quanto ao dinheiro, este não é tão raro assim. Podemos encontrá-lo por aí sem grandes dificuldades. Estou sinceramente espantado com a sua opção, mestre Nasrudin. Não o julgava capaz de tamanha ambição, sendo um mestre!
- Meritíssimo, cada um deseja aquilo que mais lhe falta! - respondeu tranqüilamente o mestre Nasrudin.
ENTRE OS AMIGOS E O BURRO
Nasrudin ia montado em seu burro pelo povoado, pensando no que pensar, quando de repente uns amigos lhe chamaram.
O mestre, ao escutar o chamado, desce do burro e vai ter com eles, que começam a recriminá-lo por coisas que fizera ou que deixara de fazer.
Nasrudin, nesse momento, volta até seu burro e com um sorriso lhe diz:
- Que sorte que não falas!
O mestre, ao escutar o chamado, desce do burro e vai ter com eles, que começam a recriminá-lo por coisas que fizera ou que deixara de fazer.
Nasrudin, nesse momento, volta até seu burro e com um sorriso lhe diz:
- Que sorte que não falas!
O BARCO E O HOMEM LETRADO
Em dada ocasião, Nasrudin estava em um barco com um homem letrado, quando o Mullá disse algo que contrariava as regras gramaticais.
-Você nunca estudou gramática? - perguntou o homem letrado.
-Não, nunca - respondeu Nasrudin.
-Neste caso, metade de sua vida se perdeu - retrucou outro.
Nasrudin ficou em silêncio durante algum tempo, quando finalmente falou:
-Você nunca aprendeu a nadar? - disse o Mullá ao homem letrado.
-Não, nunca - este respondeu.
-Então, neste caso, toda a sua vida se perdeu. Estamos afundando.
-Você nunca estudou gramática? - perguntou o homem letrado.
-Não, nunca - respondeu Nasrudin.
-Neste caso, metade de sua vida se perdeu - retrucou outro.
Nasrudin ficou em silêncio durante algum tempo, quando finalmente falou:
-Você nunca aprendeu a nadar? - disse o Mullá ao homem letrado.
-Não, nunca - este respondeu.
-Então, neste caso, toda a sua vida se perdeu. Estamos afundando.
CASA DE BANHOS
Em dada ocasião, Nasrudin chegou em uma casa de banhos, mas como estava com uma roupa velha e a barba cheia de falhas, o atendente o tomou como um vagabundo qualquer. Por isso, tudo que forneceu ao Mullá foi uma tina de água fria e uma toalha velha.
Antes de ir embora, Nasrudin se dirigiu ao atendente, a fim de pagá-lo. O Mullá pagou com uma grande e brilhante moeda de ouro, O que fez com que o queixo do homem caísse.
Uma semana depois Nasrudin voltou à casa de banhos, e embora ainda usasse roupas esfarrapadas, o atendente o recepcionou incrivelmente bem, lhe oferecendo seus melhores serviços.
Antes de ir embora, o Mullá foi pagar o homem, mas desta vez lhe deu uma diminuta e opaca moeda de cobre:
-Mas o que é isso? - perguntou o atendente.
-Essa moeda de cobre é pelo atendimento da semana passada, e aquela moeda de ouro foi pelo atendimento de hoje.
Antes de ir embora, Nasrudin se dirigiu ao atendente, a fim de pagá-lo. O Mullá pagou com uma grande e brilhante moeda de ouro, O que fez com que o queixo do homem caísse.
Uma semana depois Nasrudin voltou à casa de banhos, e embora ainda usasse roupas esfarrapadas, o atendente o recepcionou incrivelmente bem, lhe oferecendo seus melhores serviços.
Antes de ir embora, o Mullá foi pagar o homem, mas desta vez lhe deu uma diminuta e opaca moeda de cobre:
-Mas o que é isso? - perguntou o atendente.
-Essa moeda de cobre é pelo atendimento da semana passada, e aquela moeda de ouro foi pelo atendimento de hoje.
A LUA É MAIS ÚTIL QUE O SOL
Nasrudin entrou na casa de chá proclamando:
- A Lua é mais útil que o Sol!
- Por que, Mullá?
- Porque precisamos de mais luz durante a noite que durante o dia!
- A Lua é mais útil que o Sol!
- Por que, Mullá?
- Porque precisamos de mais luz durante a noite que durante o dia!
CAIU UM MANTO
Ao ouvir um forte estrondo, a mulher de Nasrudin saiu correndo até o quarto.
"Não precisa se preocupar", disse o Mullá, "foi apenas meu manto que caiu no chão".
"O quê? E fez um barulho desses?"
"Sim, é que na hora eu estava dentro dele".
"Não precisa se preocupar", disse o Mullá, "foi apenas meu manto que caiu no chão".
"O quê? E fez um barulho desses?"
"Sim, é que na hora eu estava dentro dele".
O TOLO QUE ERA SÁBIO
Todos os dias o Mullah Nasrudin ia esmolar na feira, e as pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque: mostravam duas moedas, uma valendo dez vezes mais que a outra. Nasrudin sempre escolhia a menor.
A história correu pelo condado.
Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas, e Nasrudin sempre ficava com a menor. Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrudin sendo ridicularizado daquela maneira. Chamando-o a um canto da praça, disse:
- Sempre que lhe oferecerem duas moedas, escolha a maior! Assim terá mais dinheiro e não será considerado idiota pelos outros!
Nasrudin lhe respondeu:
- O senhor parece ter razão, mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro, para provar que sou mais idiota que elas. O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando este truque. E acrescentou:
- Não há nada de errado em se passar por tolo, se na verdade o que você está fazendo é inteligente. Às vezes é de muita sabedoria se passar por tolo. É muito melhor passar por tolo e ser inteligente do que ter inteligência e a utilizar fazendo tolices!
A história correu pelo condado.
Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas, e Nasrudin sempre ficava com a menor. Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrudin sendo ridicularizado daquela maneira. Chamando-o a um canto da praça, disse:
- Sempre que lhe oferecerem duas moedas, escolha a maior! Assim terá mais dinheiro e não será considerado idiota pelos outros!
Nasrudin lhe respondeu:
- O senhor parece ter razão, mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro, para provar que sou mais idiota que elas. O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando este truque. E acrescentou:
- Não há nada de errado em se passar por tolo, se na verdade o que você está fazendo é inteligente. Às vezes é de muita sabedoria se passar por tolo. É muito melhor passar por tolo e ser inteligente do que ter inteligência e a utilizar fazendo tolices!
APRENDIZADO
"Como foi que você aprendeu tanto, Mullá?", perguntaram certa vez a Nasrudin.
"Falando muito", respondeu ele.
"Vou colocando em seqüência todas as palavras que me vêm à mente. Quando eu fico interessante, posso ver o respeito no rosto das outras pessoas. Na hora em que isso acontece, começo a tomar nota do que disse".
"Falando muito", respondeu ele.
"Vou colocando em seqüência todas as palavras que me vêm à mente. Quando eu fico interessante, posso ver o respeito no rosto das outras pessoas. Na hora em que isso acontece, começo a tomar nota do que disse".
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